Elétrica ou convencional? Saiba se o tipo de escova de dente faz diferença na higiene bucal

Os dois tipos de acessório possuem suas particularidades e orientações de uso conforme cada paciente

Elétrica ou convencional? Saiba se o tipo de escova de dente faz diferença na higiene bucal

Os cuidados com a saúde bucal são imprescindíveis também para manter o organismo todo saudável. 

A boca é a porta de entrada para inúmeras bactérias, fungos e outros microrganismos que podem partir dela para o resto do corpo. 

 

A escova de dentes é a principal ferramenta do dia a dia para evitar que esses visitantes indesejados nos causem doenças.

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"É importante ter uma escova de dentes adequada para manter uma boa saúde dos dentes e das gengivas. Escovas mais duras e com cerdas irregulares tendem a retrair as gengivas, dependendo da força usada ao esfregar, assim como causar quadros de abfração, em que há um desgaste entre o dente e a raiz, acumulando placa bacteriana e podendo gerar cáries", explica Diana Fernandes, cirurgiã-dentista pela ABO (Associação Brasileira de Odontologia).

Ela alega que tanto as escovas comuns quanto as elétricas possuem suas particularidades, mas o que realmente importa é a técnica no momento da escovação, além do uso do fio dental.

Já o cirurgião-dentista Fernando Tai defende o uso das escovas elétricas. Isso porque esse tipo de escova pode chegar a dez mil "esfregaços" por minuto, o que seria impossível de fazer manualmente.

"A cabeça da escova elétrica é muito menor e de maior precisão e, por isso, tem um alcance nos lugares mais difíceis de fazer a correta higiene bucal."

 

Tai acrescenta que a melhor escova de dentes é aquela orientada pelo dentista de cada paciente, já que ele poderá indicar conforme as condições de saúde bucal observadas, podendo variar, inclusive, com escovas interdentais, ortodônticas unitufos ou bitufos e escovas especiais.

 

Diana complementa que ela costuma recomendar escovas de cabeça pequena, arredondada ou triangular, pois elas conseguem atingir áreas mais difíceis da boca.

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Os especialistas observam que, de modo geral, as escovas devem ser extra ou ultramacias, pois evitam machucar gengivas, bochechas, língua e céu da boca. A depender da força empregada, escovas mais duras podem desgastar e aumentar a sensibilidade dos dentes e retrair gengivas. 

Já as escovas com cerdas maiores e mais rígidas são recomendadas para pacientes que usam próteses dentárias, pois tais estruturas acumulam restos de alimentos com maior facilidade. 

Quando trocar

Outro fator que deve ser levado em consideração é o tempo de troca das escovas. Diana lembra que, independente do tipo de escova utilizada, é importante que ela seja substituída a cada três meses, tempo em que as cerdas podem ficar desgastadas e desfiadas e perdem a efetividade na remoção de placa bacteriana. 

Ainda, em casos de resfriados e infecção por Covid-19, a recomendação é que a escova seja descartada e substituída por uma nova após a melhora do quadro.

A higienização do instrumento é imprescindível para a sua conservação e para manter a saúde bucal. Tai alerta que as escovas devem ser sempre lavadas em água corrente e secas com papel toalha.

Diana completa que, para diminuir a umidade antes de secar, pode-se dar leves batidinhas na escova.

Depois de secá-la, o ideal é mantê-la em posição vertical e armazená-la em ambientes que não sejam úmidos, longe de vasos sanitários e evitando o contato com outras escovas para que as bactérias não passem de uma para a outra. 

Para o transporte, os dentistas comentam que as escovas devem conter capas protetoras com furinhos, que evitam deformidade e ventilam as cerdas, dentro de necessaires. 

 

 

Além da adaptação, a troca de uma escova de dentes convencional para um modelo elétrico deve levar em conta o preço. Essas últimas variam de R$ 90 a R$ 1.500 — sem considerar o preço das reposições das cabeças, a cada três meses. 

Já as escovas de dentes comuns podem ser encontradas a partir de R$ 7. 

"As escovas [elétricas] vêm ganhando mercado no Brasil aos poucos. Comparado com a Europa, onde 70% das pessoas [as] usam, na América Latina somente 2% da população [as] conhecem. Os valores mais altos e a falta de reposição das escovas fazem com que menos brasileiros optem por esse tipo, que tem a vantagem de atingir melhor as regiões mais difíceis em relação à escova comum, e as mais novas apresentam um sensor de pressão que ajuda a orientar o paciente quando encosta nos dentes e faz muita força, ela indica com uma luz vermelha que tem muita pressão, automaticamente ela para de funcionar com a pressão normal", observa Diana.

 

FONTE https://noticias.r7.com/saude/guia-escova-de-dentes-20072023