Estações seguem fechadas após anúncio de liberação das catracas

Sindicato orienta que funcionários voltem aos postos para que estações sejam reabertas. Paralisação atinge linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Metrô afirma que medida será colocada em prática condicionada ao retorno imediato de 100% dos funcionários da operação e manutenção.

Estações seguem fechadas após anúncio de liberação das catracas

O Metrô de São Paulo aceitou a proposta dos trabalhadores de liberar as catracas para encerrar a greve. Apesar do acordo, ainda não há previsão de quando as estações serão reabertas.

Segundo o Metrô, a medida será colocada em prática condicionada ao retorno imediato de 100% dos funcionários da operação e manutenção, para garantir a segurança dos passageiros.

Já o sindicato afirmou, também por meio de nota, que a categoria, conforme deliberação de assembleia, assumirá os postos de trabalho com catracas livres para a população o mais rapidamente possível. "Porém, o governador tem que negociar as reivindicações. Não aceitaremos punição".

 

Resumo:

 

 

  • Linhas paradas: 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata
  • Linhas operando: 4-Amarela e 5-Lilás
  • CPTM e EMTU operam normalmente
  • Rodízio de veículos suspenso

 

Às 8h30, o Metrô disse que as estações permanecem fechadas e que trabalha para iniciar o plano de contingência assim que as condições de segurança estiverem atendidas.

Antes da paralisação, o Sindicato dos Metroviários já tinha proposto a liberação das catracas como alternativa, afim de evitar que a população fosse prejudicada durante as negociações. Os trabalhadores cobram o pagamento de abono salarial.

A medida, entretanto, só foi aceita pelo governo após o caos enfrentado pelos usuários do transporte nas primeiras horas da manhã.

Paralisação do metrô de SP: entenda quais linhas são afetadas 

Paralisação do metrô de SP: entenda quais linhas são afetadas 

Segundo o sindicato, os trabalhadores já estão sendo orientados a retornar para que as estações sejam abertas. A previsão é a de que a operação seja retomada por volta das 11h.

Em nota, o governo afirmou que a liberação deve gerar prejuízo dificultando ainda a saúde financeira da empresa.

A Companhia ainda afirma que tentou todas as formas de negociação, "inclusive com a concessão de benefícios como o pagamento de progressões salariais. A empresa também cumpre integralmente com o acordo coletivo de trabalho e as leis trabalhistas."

 

A greve

 

A paralisação começou na madrugada desta quinta, incialmente por tempo indeterminado, nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata.

As linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô funcionam normalmente.

As três linhas afetadas pela greve respondem por 90% dos 2,8 milhões de passageiros transportados por dia por todo o Metrô de São Paulo.

 

Caos

 

Usuários relatam que foram pegos de surpresa e se aglomeravam em frente as estações. Por conta da paralisação, a CPTM, que opera normalmente, registra lotação e longas filas para acessar as catracas.

A dificuldade também era para embarcar nos ônibus alternativos e ou conseguir solicitar um veículo por aplicativo. Os preços das viagens dobraram.

 

 

Os trens da CPTM também estão circulando, segundo a Companhia, mas as transferências para as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha do Metrô permanecerão fechada.

Já as transferências com as linhas 4-Amarela e 8-Diamante funcionavam normalmente nas estações Luz e Barra Funda.

A EMTU informou que as linhas operam normalmente e que vai reforçar principalmente as integradas ao Metrô e à CPTM. 

rodízio municipal de veículos foi suspenso.

Greve do Metrô em SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Greve do Metrô em SP — Foto: Reprodução/TV Globo

A Zona Azul e a proibição de circulação de carros nos corredores de ônibus continuam valendo, assim como a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF).

 

Mudanças em linhas de ônibus

 

A SPTrans criou duas linhas e reforçou a frota de 13 já existentes:

Linhas criadas 

 

  • Metrô Tucuruvi - Praça do Correio (circular)
  • Metrô Santana - Praça do Correio (circular) 

 

Linhas reforçadas

 

  • 175T/10 Metrô Santana - Metrô Jabaquara
  • 157P/10 Metrô Santana - Ana Rosa 
  • 2104/10 Metrô Santana - Term. Pq. D. Pedro II
  • 5290/10 Div. de Diadema - Term. Pq. D. Pedro II
  • 5106/10 Jd. Selma - Largo São Francisco
  • 574A/10 Americanópolis - Largo do Cambuci
  • 118C/10 Jd. Pery Alto - Metrô Santa Cecília
  • 9300/10 Term. Casa Verde - Term. Pq. D. Pedro II
  • 107T/10 Metrô Tucuruvi - Term. Pinheiros
  • 208V/10 Term. A.E. Carvalho - Term. Pq. D. Pedro II
  • 1177/10 Term. A.E. Carvalho - Luz
  • 233A/10 Jd. Helena - Term. Vila Carrão
  • 4310/10 ET Itaquera - Term. Pq. D. Pedro II 

 

Linhas alteradas

 A linha 178Y/10 Vila Amélia - Metrô Jardim São Paulo foi prolongada até o Metrô Santana, onde há mais opções de linhas de ônibus municipais para a integração.

 As linhas 5022/10 Vila Santa Margarida - Jabaquara, 5018/10 Shopping Interlagos - Jabaquara e 5018/31 Shopping Interlagos - Jabaquara deverão operar em sistema circular no Metrô Jabaquara.

Greve paralisa parcialmente linhas do metrô de SP

Greve paralisa parcialmente linhas do metrô de SP

 

Disputa sobre abono salarial

 

O Sindicato dos Metroviários informou que a categoria cobra o pagamento do abono, a revogação de demissões por aposentadoria e outros desligamentos realizados em 2019, além de pedir novas contratações.

Os grevistas chegaram a propor um dia de catraca livre como alternativa para não prejudicar a população, o que não foi inicialmente aceito com a alegação de falta de segurança.

Por meio de nota, o Metrô disse "não há justificativa para que o Sindicato dos Metroviários declare greve reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa".

A empresa disse que também empenhou esforços para atender os pleitos do sindicato, mas que a realidade econômica da companhia "não possibilita o pagamento de abono salarial neste momento".

O Metrô disse ainda que teve "significativas quedas de arrecadação pela pandemia e não teve ainda o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019".

Fonte https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/03/23/metro-de-sp-greve-catracas.ghtml